...meus olhares, meus achares...A palavra me dá a liberdade que nunca senti. ...já fui pretensiosa, hoje eu quero apenas um céu azul, meu amor ao lado, uma canção e algumas palavras rabiscadas.
3 de março de 2011
1 de março de 2011
História antiga
Ana me abandonou, esqueceu de mim?
Por isso fico assim, tosca e cheia de metáforas.
Ana me abandonou, esqueceu de mim?
Por isso fico assim, tosca e cheia de metáforas.
Preciso me livrar do cheiro da Ana, do gosto da Ana, do rosto da Ana.
Vou me calar, porque sei , Ana não me escuta mais, agora a solidão é minha melhor amiga, daquelas amigas chatas.
Vou me calar, porque sei , Ana não me escuta mais, agora a solidão é minha melhor amiga, daquelas amigas chatas.
A solidão bloqueada, rejeitada, acaba por ressurgir enquanto finjo adormecer.
Encostada em almofadas brancas , repouso ombro e cabeça, que nada mais pensa, apenas rodopia e já se eleva a existência.
Encostada em almofadas brancas , repouso ombro e cabeça, que nada mais pensa, apenas rodopia e já se eleva a existência.
Vou criando assim espaços quase siderais , decorando ambientes semi- angelicais, onde nada me persegue, onde só o vento ronda leve, onde o frio não estremece, onde poros e pelos são nossos elos.
Nessa ausência, hoje amiga, fracionada em instantes , faz o verde dos olhos de Ana, contemplar o vazio sempre. Jade, o vazio presente! É o eterno silêncio rondando, modelando o único resto de nós.
Conjugado já , o verbo dissimulado, pontuando nossa história em sua canção fractal, vejo nítido esse amor fragoso, velado por chaves tortas, guardado no fundo das nossas almas medrosas.
_Serão o sempre os olhos meus ?
_Olhos quereres quase verdes, teus, Ana .
_Serão eles que enxergarão na sua letra métrica , cantanda no tom agreste nossa repetida dor?
_Provoca-me o riso fácil, e me tem tão rapidamente de novo, faz-me subir sua ladeira, compondo. Rezando pelo novo reencontro, pela velha história ou pelo simples colorido de Olinda, pelos seus olhos Ana.
_Provoca-me o riso fácil, e me tem tão rapidamente de novo, faz-me subir sua ladeira, compondo. Rezando pelo novo reencontro, pela velha história ou pelo simples colorido de Olinda, pelos seus olhos Ana.
_Quem dará o tom folia?
_Não serei eu Ana.
Esperemos amor o fim da fase ferrugem, que faz a saudade corroer, tentemos enganar a distância, cortando vales e selando corpos. Aquietemos amor, nossa história é frevo-fado! E a folia desse carnaval irá passar na 5af feira.
(Trechos de Trinta e uns)
Assinar:
Postagens (Atom)